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Quando um novo logo vira motivo de polêmica

As marcas estão sujeitas a polêmicas mesmo quando se trata de temas específicos como o lançamento de um logo. A discussão recente envolve as gigantes Adidas e a Tesla. A marca esportiva, fundada em 1949, é conhecida por suas tradicionais três listras paralelas, um logo registrado oficialmente em 1990. A empresa entrou com uma ação contra a Tesla, afirmando que o logo do novo Model 3, que também usa três listras, poderia causar confusão entre os consumidores.

Adidas afirmou que logo do novo modelo da Tesla (à direita) poderia confundir seus clientes (crédito: reprodução)

A ação, que foi apresentada em 3 de fevereiro pelos advogados da Adidas na América do Norte no Escritório de Marcas e Patentes dos EUA, já fez com que a Tesla voltasse atrás e anunciasse que mudaria o logo. Ao invés das três listras paralelas será um número três. Segundo Elon Musk, fundador da Tesla, o novo logo não será gráfico, mas numérico.
“O desenho das três listras comum às marcas dos solicitantes se parece com as três listras da marca da Adidas, e pode causar abundante confusão, pode induzir a erro, ser fonte de engano na procedência e patrocínio dos bens da marca”, diz a petição da marca alemã.
Essa não é a primeira vez que as empresas se envolvem em confusão por causa dos seus logos. No começo de janeiro, além de ser duramente criticado por parte dos fãs do futebol, o novo escudo da Juventus, time de futebol italiano, gerou até insinuação de plágio.

Tenista Robin Söderling ironizou o novo logo do time italiano Juventus (crédito: reprodução)

O ex-tenista Robin Söderling publicou uma foto do novo símbolo do clube italiano ao lado de logotipo de sua marca de material esportivo, “RS”, ironizando a semelhança entre as artes.
Em 2015, mesmo antes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Comitê Organizador da Tokyo 2020 foi também acusado de plágio e teve que mudar o logo da competição. Em setembro de 2015, o desenho criado por Kenjiro Sano foi retirado dos documentos oficiais pelo comitê local por se parecer com o design de Olivier Debie para o Teatro de Liege, na Bélgica.

Marca da Olimpíada de Tokyo 2020 foi acusado de plagiar o Teatro de Liége (crédito: reprodução)

No ano seguinte, após um concurso que envolveu mais de 10 mil projetos, o comitê apresentou um novo desenho que foi escolhido pelo público. O desenho vencedor, do artista local Asao Tokolo, de 49 anos, faz referência ao padrão xadrez “ichimatsu moyo”, criado pelos japoneses durante o período Edo, de 1603 a 1867. A marca, na cor azul indigo, expressa a “refinada elegância e sofisticação japonesa”, de acordo com a descrição do projeto no site dos Jogos.

Novo logo escolhido pelo público para os Jogos Tokyo 2020 (crédito: reprodução)

As polêmicas também atingiram as marcas brasileiras. Na comemoração dos 30 anos do Criança Esperança, em 2015, a Rede Globo de Televisão foi alvo de acusações de plágio pelo novo logo do programa. As reclamações vieram do The New Hampshire, que curiosamente é um museu voltado para as crianças e está situado na cidade de Dover, nos Estados Unidos.

Logo apresentado para a comemoração de 30 anos do Criança Esperança (crédito: reprodução)

Na época, a empresa voltou atrás e disse que o programa continuaria com o logotipo original e que aquela apresentada era apenas uma evolução da anterior, que também era colorida. A emissora também disse que as cores utilizadas fazem referência à logo do canal, que tem as cores do arco íris

Fonte: https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2017/02/14/quando-um-novo-logotipo-vira-motivo-de-polemica.html

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